Um tornado de categoria F3, com ventos que ultrapassaram os 250 km/h, atingiu na tarde de sexta-feira (7/11) a cidade de Rio Bonito do Iguaçu, no sudoeste do Paraná, deixando um cenário de destruição em cerca de 80% da área urbana.

De acordo com a Defesa Civil, o fenômeno provocou pelo menos seis mortes e deixou mais de 430 pessoas feridas, enquanto equipes ainda buscam vítimas soterradas sob os escombros.

O Corpo de Bombeiros, profissionais de saúde e voluntários realizam operações de busca, salvamento e atendimento emergencial. Mais de 60 bombeiros e agentes municipais participam dos trabalhos.
Imagens de satélite captadas pelo Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) registraram o momento em que o tornado avançou sobre a cidade, evidenciando a força dos ventos e o rastro de destruição deixado.

Casas foram destelhadas, postes e árvores arrancados, e veículos capotaram com a força do vendaval. As ruas ficaram cobertas por destroços, enquanto a cidade permanece sem energia elétrica e com o abastecimento de água interrompido.
O tornado foi gerado por uma supercélula associada a um ciclone extratropical que atuava sobre o Sul do Brasil. Municípios vizinhos, como Candói, Laranjeiras do Sul e Guarapuava, também registraram estragos.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram um cenário comparado a uma zona de guerra, com intenso trabalho das equipes de resgate para localizar sobreviventes e prestar socorro aos feridos.
O governador Ratinho Jr. informou que avalia decretar estado de calamidade pública para agilizar as ações de atendimento e reconstrução.
Com cerca de 14 mil habitantes, Rio Bonito do Iguaçu recebeu reforço de ambulâncias e aeronaves para transporte de feridos. Um hospital de campanha foi instalado para atender a demanda médica emergencial.
A tragédia reforça a urgência de planos de prevenção e resposta rápida a eventos climáticos extremos, que têm se tornado cada vez mais frequentes no país.























